Modelos digitais de elevação globais disponíveis gratuitamente. Existe um novo MDE de 12,5 m de resolução espacial?

Por Édipo H. Cremon

 


Sem dúvida os modelos digitais de elevação (MDEs) são de extrema importância para uma série de aplicações. A comunidade de geomática/geotecnologias tem feito intenso uso desses produtos.


Um MDE clássico que muitos usuários já devem ter trabalhado é o MDE SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), resultado do projeto cooperativo entre a NASA (National Aeronautics and Space Administration), a NIMA (National Imagery and Mapping Agency) e o Departamento de Defesas (DOD) dos Estados Unidos, com a Agência Espacial Alemã (DLR – Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt) e italiana (ASI – Agenzia Spazionale Italiana). Os dados altimétricos SRTM foram adquiridos por sobrevoo com o ônibus espacial Shuttle que ocorreu no período de 11 a 22 de fevereiro de 2000 e processados por interferometria de radar de abertura sintética (InSAR) com base na banda C, para obter um MDE,  pela NASA-JPL.


Esses dados são distribuídos (https://earthexplorer.usgs.gov/) em coordenadas geográficas com datum horizontal WGS84 e em um primeiro momento foram distribuídos com tamanho de pixel de 3 segundos de arco (~90 m na linha do Equador) e atualmente já disponíveis com 1 segundo de arco (~30 m na linha do Equador) para a América do Sul.


Outras iniciativas de elaboração e disponibilização de MDEs globais surgiram depois da SRTM, tais como o ASTER GDEM, AW3D30 e TanDEM. Todos os MDEs com tamanho de pixel entre 3 e 1 segundo de arco (~90 a ~30m), os quais falaremos mais adiante.


Nos últimos tempos, tem circulado entre a comunidade de geomática/geotecnologias um “novo” MDE que seria oriundo do satélite ALOS e do seu sensor radar PALSAR e teria 12,5m de “resolução espacial”. Esse novo “MDE-PALSAR” está disponível pela ASF (Alaska Satellite Facility) em https://search.asf.alaska.edu/#/.


A possibilidade de um MDE com resolução espacial de 12,5 m gratuito seria incrível, melhorando a escala de análise de várias aplicações, entretanto há um equívoco muito grande em relação a esse “MDE-PALSAR”, principalmente pela pouca descrição que há na página da ASF (https://www.asf.alaska.edu/sar-data/palsar/terrain-corrected-rtc/) e também pela disseminação de notícias sem o devido cuidado técnico. Em um documento mais detalhado da própria ASF é explicado que esse produto nada mais é do que o MDE SRTM reamostrado para 12,5 metros e com a altitude ortométrica dado pelo modelo goidal EGM96 convertida para altitude elipsoidal WGS84 (https://media.asf.alaska.edu/uploads/RTC/rtc_product_guide_v1.2.pdf) para áreas que abrangem a América do Sul.


Ou seja, não é um produto novo. Apenas o MDE SRTM reamostrado para que usuários de imagens do sensor PALSAR (a bordo do satélite ALOS) possam fazer as correções de terreno e ortorretificação das imagens deste sensor de radar de abertura sintética (SAR), já que as imagens PALSAR possuem tamanho de pixel de 12,5 m nos modos de imageamento FBD e PLR. Essa correção do terreno visa amenizar os efeitos de sombreamento, relevo invertido (layover) e encurtamento de rampa (foreshortening) que são inerentes ao imageamento SAR, principalmente em áreas com terreno mais acidentado.

Imagens PALSAR de colinas em Fairbanks, Alaska, antes e depois da correção do terreno. Fonte: https://www.asf.alaska.edu/sar-data/palsar/terrain-corrected-rtc/

Imagens PALSAR de colinas em Fairbanks, Alaska, antes e depois da correção do terreno.
Fonte: https://www.asf.alaska.edu/sar-data/palsar/terrain-corrected-rtc/


Colocar esse MDE disponível pela ASF como sendo de 12,5 m de resolução espacial é delicado, pois originalmente ele é derivado do SRTM de 1 segundo de arco (~30m). Qualquer um pode reamostrar o dado até pra 1m que não estará melhorando a qualidade dele, lembrando que resolução espacial e tamanho de pixel são conceitos diferentes. Para derivar MDE de imagens SAR há dois mecanismos: por radargrametria ou por InSAR. Infelizmente não foi feito isso. Então não existe um MDE-PALSAR.


O que há de mais novo advindo do satélite ALOS, mas do sensor PRISM (não do PALSAR), é o MDE chamado de AW3D30 com 30m de tamanho de pixel (http://www.eorc.jaxa.jp/ALOS/en/aw3d30/index.htm) derivado de fotogrametria orbital. O sensor PRISM a bordo do ALOS possui uma banda pancromática com capacidade estereoscópica e resolução espacial ao nadir de 2,5m e com ele foi gerado um MDE com 5 m de resolução espacial pela Agência Espacial Japonesa (JAXA), entretanto para seu acesso gratuito a JAXA reamostrou os dados para 1 segundo de arco (~30m). O MDE AW3D30 foi elaborado a partir de imageamentos entre 2006 e 2011. Confira em https://www.eorc.jaxa.jp/ALOS/en/aw3d30/aw3d30v22_product_e.pdf.


 

Assim como o AW3D30, outro MDE global gratuito oriundo de fotogrametria orbital é seu antecessor ASTER GDEM. A partir das bandas do infravermelho próximo com capacidade esteroscópica e resolução espacial de 15m, foi elaborado um MDE global dos dados ASTER denominado GDEM (Global Digital Elevation Map) de 1 segundo de arco (~30 m). O produto ASTER GDEM teve sua versão 3 recém lançada em agosto de 2019 com refinamento de novos dados para a obtenção de um MDE melhor que nas versões anteriores. O ASTER GDEM é derivado de imageamentos entre o ano de 2000 e 2013.


Outro MDE global é o TanDEM-X 90, esse produto assim como o MDE SRTM é baseado em interferometria SAR mas a bordo de satélites, ao invés de ônibus espacial, e com sensores operando na banda X. A missão SRTM, além da banda C, também operou na banda X e foi gerado pela DLR um MDE SRTM em banda X apenas para algumas faixas do globo terrestre (https://download.geoservice.dlr.de/SRTM_XSAR/) em 1 segundo de arco (~30 m). O dado TanDEM-X global gratuito se tornou acessível a partir de setembro de 2018 e é oriundo de MDE de 0,4 segundos de arco (~12m), dado este não gratuito, e foi reamostrado para 3 segundos de arco (~90 m). Os dados são referentes a imageamentos entre os anos 2011 e 2015.


A seguir há uma relação dos principais MDE globais gratuitos disponíveis até o momento:

Produto Método Altitude Tamanho do pixel Endereço
SRTM 1arc v3 InSAR (banda C) Ortométrica pelo modelo geoidal EGM96 1 segundo de arco (~30 m) https://bit.ly/2hdsw0W
ASTER GDEM v3 Fotogrametria orbital Ortométrica pelo modelo geoidal EGM96 1 segundo de arco (~30 m) https://go.nasa.gov/2oLQiEm
ALOS AW3D30 v2.1 Fotogrametria orbital

produzido com ~5m e reamostrado para  ~30m

Ortométrica pelo modelo geoidal EGM96 1 segundo de arco (~30 m) https://bit.ly/2VDWQUZ
TanDEM-X 90 InSAR (banda X)
produzido com 0.4 segundos de arco (~12m) e reamostrado para  3 segundos de arco (~90m)
Elipsoidal WGS84 (realização G1150) 3 segundos de arco (~90m) https://bit.ly/328k2NE
“MDE ALOS PALSAR” SRTM de 1 segundo de arco reamostrado para 12.5 m Elipsoidal WGS84 (convertido de altitude ortométrica EGM96 do SRTM) 12.5m https://bit.ly/29ou4OJ

Vamos ver na prática


No caso de TODOS os MDEs mencionados, estamos falando de modelos digitais de superfície, ou seja, a altura do modelo digital considera tudo aquilo que está na superfície terrestre, como vegetação, edificações, etc. Portanto em uma área densamente vegetada, a altura do modelo digital não corresponde à altitude no nível do terreno e sim da copa das árvores.


Sendo assim, fizemos um pequeno teste. Escolhemos uma área com intenso processo de desmatamento entre a Floresta Nacional Jamari e o município de Machadinho D’Oeste no estado de Rondônia. Como estamos falando sobre modelos digitais de superfície é esperado que os MDEs abordados apresentem diferentes estágios de desmatamento na região, já que os produtos usados vão desde o ano de 2000 até 2015.


Um detalhe importante, como temos três MDEs com valores altimétricos ortométricos referenciados ao modelo geoidal EGM96 (SRTM 1arc, ASTER GDEM v3 e ALOS AW3D30 v2.1) e dois MDEs com altitudes elipsoidais referente ao modelo geométrico WGS84 (“MDE PALSAR” e TanDEM 90), é esperado que haja uma diferença entre valores mínimos e máximos de cada MDE. Para minimizar essas diferenças de referencial altimétrico e realçar a visualização, aplicamos a análise de relevo sombreado (altitude=45 e azimute=45) sobre cada MDE.

MDEs em relevo sombreado

MDEs em relevo sombreado


Com esse tipo de produto é possível realçar as áreas desmatadas nos modelos digitais de superfície e um detalhe que fica nítido aqui é que o MDE SRTM e o “MDE PALSAR 12,5 m” são muito similares. Obviamente já que se tratam do mesmo produto, sendo o último apenas uma reamostragem do primeiro. Como ambos refletem como estava a superfície no ano de 2000, é possível observar um avanço do desmatamento nos produtos seguintes que refletem diferentes estágios de desmatamento ao longo do tempo. Vale ressaltar também que mesmo o ASTER GDEM na sua nova versão 3, comparado com o AW3D30 ainda apresenta artefatos não muito fidedignos com a superfície terrestre. Por fim, o MDE TanDEM 90 por ter sido reamostrado de um produto de 12m e ter o tamanho de pixel mais grosseiro (~90 m), fica evidente sua aparência “borrada” em relação aos demais produtos.


Como análise complementar, extraímos a variável geomorfométrica de declividade (%) dos MDEs selecionados. É esperado que com esse produto as áreas de transição entre floresta e área aberta haja uma diferença altimétrica que seja realçada pela declividade.

Declividade extraída dos MDEs


Mais uma vez é possível notar a grande semelhança entre o produto SRTM e o chamado “MDE PALSAR 12,5 m”, já que um é resultado da reamostragem do outro. Por sua vez, o ASTER GDEM v3 visualmente ainda se mantem com comportamento atípico para um modelo digital de superfície em áreas de borda de desmatamento de floresta densa quando extraído sua declividade. Enquanto o AW3D30 apresenta nitidamente as bordas entre as áreas de vegetação densa e áreas abertas, representado por maiores declividades. Já o dado do TanDEM 90, mesmo com tamanho de pixel pior, mostra um processo de desmatamento mais avançado em relação aos efeitos de borda entre vegetação densa e áreas abertas por ser um produto derivado de imageamento mais recente.


 

E o Topodata? Ele também não é uma reamostragem do MDE SRTM?


Muitos sabem que o Projeto Topodata do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaicias) (http://www.dsr.inpe.br/topodata/index.php) utilizou os dados SRTM originalmente distribuídos com 3 segundos de arco (~90 m) para o Brasil e interpolaram o mesmo para 1 segundo de arco (~30 m) pelo método geoestatístico da krigagem. Mas existe uma falta de conhecimento do motivo para essa reamostragem dos dados.


As primeiras observações sobre o MDE SRTM efetuadas por Valeriano (2004) indicaram que este apresentava fortes restrições à extração de variáveis geomorfométricas (ex: declividade, orientação de vertente, curvatura vertical e horizontal, etc) na sua forma original. Uma maneira de contornar isso seria baseada em pré-processamento do MDE com refinamento de seu tamanho de pixel, o que tornaria a utilização do MDE para extração de variáveis geomorfométricas locais com desempenho relativamente favorecido. Valeriano e Rossetti (2010) apresentam um relatório detalhando o uso do interpolador geoestatístico krigagem como método de pré-processamento para a derivação de variáveis geomorfométricais locais.


Ou seja, o projeto Topodata usa a interpolação dos dados SRTM por krigagem como um pré-processamento para derivação de variáveis geomorfométricas locais. Inclusive, Valeriano e Rossetti (2010, pág. 69) deixam explícito que, o que eles chamam de refinamento do tamanho do pixel, pela reamostragem com interpolação por krigagem de 3 para 1 segundo de arco não há ganho de escala no dado.


No caso do “MDE PALSAR”, embora a ASF não especifique o método de interpolação utilizado na reamostragem do MDE SRTM de  ~30m para 12,5 m, a finalidade disso é  para a correção do terreno nas imagens PALSAR. Mais uma vez, não há nenhuma melhora de qualidade ou escala do dado MDE SRTM.


Por fim, a reamostragem dos dados SRTM para o Topodata e para ASF possuem finalidades diferentes do que melhorar a escala do produto. Então se apegar ao tamanho do pixel desses produtos e relacionar com escala de trabalho é desconhecimento ou má fé. O tamanho do pixel de 12,5 m do chamado “MDE PALSAR” nunca atenderá a escala de trabalho 1:25 mil por exemplo, já que é uma reamostragem do MDE SRTM.


 

Referências


VALERIANO, M. M. Modelo digital de elevação com dados SRTM disponíveis para a América do Sul. São José dos Campos: INPE, 2004. 72 p. (INPE-10550-RPQ/756). Disponível em: <http://urlib.net/rep/sid.inpe.br/sergio/2004/06.30.10.57>.


VALERIANO, M. M.; ROSSETTI, D. F. TOPODATA: seleção de coeficientes geoestatísticos para o refinamento unificado de dados SRTM. São José dos Campos: INPE, 2010. 74 p. IBI: <8JMKD3MGP7W/37FCGLP>. (sid.inpe.br/mtc-m19@80/2010/05.10.18.35-RPQ). Disponível em: <http://urlib.net/rep/8JMKD3MGP7W/37FCGLP>.


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11º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica

Os alunos da Engenharia Cartográfica e de Agrimensura e membros do Grupo de Estudos em Geomática que desenvolveram iniciação científica entre 2017-2018 puderam apresentar seus trabalhos na 11º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica do IFG, realizado no Campus Anápolis.

 

Aluna Reizane apresentando seu poster.

Aluna Reizane apresentando seu poster.

Aluno Valterci Júnior acompanhado do Prof. Halan na apresentação do poster

Aluno Valterci Júnior acompanhado do Prof. Halan na apresentação do poster

As alunas Tainara e Tâmara acompanhadas do Prof. Fábio na apresentação do poster.

As alunas Tainara e Tâmara acompanhadas do Prof. Fábio na apresentação do poster.

A aluna Ana Maria em apresentação oral do seu PIBIC

A aluna Ana Maria em apresentação oral do seu PIBIC

Alunos e professores do GEO reunidos

Alunos e professores do GEO reunidos

Índice de vegetação ou índice vegetativo?

Pra quem trabalha com Sensoriamento Remoto, não é raro nos depararmos com o termo “índice de vegetação” ou ainda “índice vegetativo”.


Mas afinal de contas, qual termo é mais apropriado?


De acordo com o Prof. Flavio Ponzoni (INPE), um dos autores do livro Sensoriamento Remoto da Vegetação, o termo “vegetativo” tem a ver com crescimento, por exemplo, demógrafos referem-se a índice vegetativo quando querem dizer algo sobre o crescimento da população. O Prof. Everton Hafemann Fragal (UEM) reforça que o termo “vegetativo” também pode estar relacionado ao crescimento/desenvolvimento da cobertura vegetal. A terminologia “índice de vegetação” é mais utilizada, porque com base em diferentes índices é possível analisar a condição da vegetação (verde, senescência ou com doenças), sua estrutura (densidade do dossel e área foliar), além do desenvolvimento da vegetação (ciclo intra-anual para culturas agrícolas ou interanual para florestas). Dessa forma, entende-se que o índice vegetativo se restringe a análise do desenvolvimento da vegetação, enquanto índice de vegetação é mais abrangente. Além disso, considerando a língua portuguesa é mais  agradável e explicativo índice de vegetação do que índice vegetativo.


O Prof. Giovanni Boggione (IFG), membro do Grupo de Estudos em Geomática, ainda acrescenta que em inglês o termo é referenciado como “vegetaion index” e que a tradução mais adequada é índice de vegetação, já que não é dito “vegetative index” pra traduzir para índice vegetativo.

 

Aprovação dos projetos de Iniciação Científica e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

No dia 10 de julho foram divulgados os resultados dos editais nº 010 e 011/2018 para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Os pesquisadores do GEO submeteram seis propostas para o PIBIC e duas para o PIBITI, todas foram aprovadas.


Eis a relação dos projetos, orientadores e alunos:

PIBIC

Os projetos terão vigência de 1 ano e serão executados entre 2018 e 2019.


Parabéns a todos e boa pesquisa!


Link dos resultados:


http://www.ifg.edu.br/attachments/article/7579/Resultado%20final%20PIBIC.pdf


http://www.ifg.edu.br/attachments/article/7584/PIBITI_Resultado_Final.pdf

Alunos do GEO apresentam suas iniciações científicas!

Na oitava edição do Seminário Local de Iniciação Científica e Tecnológica do Câmpus Goiânia, ocorrida nos dias 16 e 17 de maio, além das apresentações de trabalhos científicos desenvolvidos nos programas institucionais de incentivo à pesquisa no IFG, foram inclusas também na programação as comunicações científicas dos grupos de pesquisa da casa.

Nesse contexto, o coordenador do GEO, Prof. João Paulo Magna Júnior, apresentou as pesquisas em andamento pelo grupo e se mostrou aberto para colaborações com os demais grupos do IFG e externos.

Já os alunos de iniciação científica puderam apresentar seus trabalhos à comunidade acadêmica do IFG.  Todos os trabalhos tiveram excelentes apresentações! Estão todos de parabéns! ??????????

Os alunos Valterci Jr e Nathália apresentam trabalho de IC.

Os alunos Valterci Jr e Nathália Alves apresentam trabalho de IC sobre avaliação de poligonais topográficas.

 

As alunas Tâmara Soares e Tainara Gomes apresentam trabalho sobre uso de VANT no georreferenciamento de imóveis rurais.

As alunas Tâmara Soares e Tainara Gomes apresentam trabalho sobre uso de VANT no georreferenciamento de imóveis rurais.

Ana Maria apresenta sua iniciação científica sobre estimativa de sedimentos suspensos no rio Araguaia usando imagens orbitais.

Ana Maria apresenta sua iniciação científica sobre estimativa de sedimentos suspensos no rio Araguaia usando imagens orbitais.

O aluno João Pedro apresenta seus resultados parciais em projeto usando modelagem de erosão e dados de VANT.

O aluno João Pedro apresenta seus resultados parciais em projeto usando modelagem de erosão e dados de VANT.

Reizane Maria Damasceno apresenta seus resultados sobre projeto envolvendo gestão pública colaborativa, tecnologias móvel e geoprocessamento.

Reizane Maria Damasceno apresenta seus resultados sobre projeto envolvendo gestão pública colaborativa, tecnologias móvel e geoprocessamento.

 

Abaixo segue relação dos trabalhos desenvolvidos como iniciação científica pelo GEO (2017-2018):
Nenhum texto alternativo automático disponível.

GeoPEC versão 3.5!!!

O programa GeoPEC fornece ao usuário uma ferramenta amigável e de fácil utilização, de tal forma que os profissionais de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, além das áreas correlatas, possam proceder à avaliação da acurácia posicional de seus produtos, já no contexto do Padrão de Exatidão Cartográfica dos Produtos Cartográficos Digitais (PECPCD). O GeoPEC trabalha com três normas/padrões: (i) acurácia posicional de produtos cartográficos utilizando o Decreto nº. 89.817 aliada à ET-CQDG;  (ii) inspeção topográfica através da NBR 13.133 e; (iii) avaliação de ortofotos de aerolevantamento e bases cartográficas utilizadas no processo de Georreferenciamento de Imóveis Rurais segundo Norma de Execução n. 02 de 2018 do INCRA.

O algoritmo do GeoPEC foi desenvolvido seguindo os procedimentos descritos nas normas e na metodologia proposta por Santos et al. (2016). O GeoPEC é de uso gratuito, e encontra-se disponível na página eletrônica do curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica da Universidade Federal de Viçosa (http://www.eam.ufv.br), no blog (http://afonsopsantos.blogspot.com) e no link abaixo.

O GeoPEC é um software “genérico”, devido ao fato de avaliar a qualidade posicional em qualquer tipo de dado espacial, como mapas, ortoimagem, arquivos vetoriais, arquivos raster, entre outros. Para avaliar a acurácia posicional no software, é necessária a entrada das coordenadas e/ou distâncias de referência e das coordenadas e/ou distâncias do dado em que se queira avaliar.

Nas funcionalidades do GeoPEC, podem-se listar:
• Abrir, Salvar e fazer um novo projeto;
• Importar e Exportar dados para o projeto, em extensões txt e csv, este último compatível com o Excel;
• Entrada de dados manualmente;
• Possibilidade de eliminar pontos de checagem durante o processamento dos dados, tanto no cálculo planimétrico quanto altimétrico de qualquer norma/padrão utilizado;
• Classificação de um produto cartográfico (planimétricos e/ou altimétricos) de acordo com o Decreto nº 89.817 de 20 de junho de 1984 e as especificações da INDE (ET-CQDG);
• Cálculo da inspeção topográfica definida na NBR-13.133;

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Pesquisadores do IFG utilizam drone para georreferenciamento de lavoura de soja em Goiás

Pesquisadores do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia desenvolvem estudo que utiliza RPAS (Sistema de Aeronave Remotamente Pilotado), ou mais conhecido como drone, para a coleta de dados georreferenciados em uma lavoura de soja em Goianápolis (GO). Na pesquisa, o drone batizado como Arator 5A, que foi adquirido pelo Câmpus Goiânia, contribui para o mapeamento do relevo, o acompanhamento do cultivo de soja e a localização de regiões com problemas erosivos.

O drone Arator 5A, adquirido pelo IFG – Câmpus Goiânia, contribui na pesquisa realizada em Goianápolis (GO).

A pesquisa, contemplada no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), tem a orientação do professor do IFG – Câmpus Goiânia, Max well de Oliveira Rabelo, colaboração do professor João Cortês, do técnico Leomar Rufino e participação do estudante de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura do Câmpus Goiânia, João Pedro de Sousa Costa. O estudo, que começou em novembro do ano passado e ainda está em andamento, visa aplicar a aeronave remotamente tripulada no desenvolvimento da agricultura de precisão, ou seja, um sistema de gerenciamento que alia tecnologia avançada para otimização do cultivo agrícola.

Segundo o professor e coordenador da pesquisa, Max well de Oliveira Rabelo, os objetivos com o estudo são o de analisar, por meio do drone, os locais de erosão na lavoura de soja, bem como identificar o sentido das linhas de plantio no terreno e do trajeto das máquinas utilizadas, para controlar o problema de erosão nos próximos plantios e otimizar o uso de máquinas.

Imagem capturada pelo drone em janeiro deste ano, que mostra regiões com falhas de plantio na lavoura de soja.

 

Sobre os benefícios no uso de drone na agricultura, o professor Max well explica: “O planejamento da área agrícola, considerando as variações do terreno e o dimensionamento localizado das práticas de conservação do solo, proporciona o controle da erosão do solo, reduz a perda de nutrientes e consequentemente a contaminação dos rios. Diminui ainda o tempo necessário para as operações mecanizadas, reduzindo também o consumo de combustíveis, desta forma, contribuindo para proteção do meio ambiente.” O estudo dos fatores que interferem no desenvolvimento da lavoura também permite o controle localizado dos fatores de produção, aumentando a produtividade e reduzindo custos para o produtor rural.

A autorização para o uso de drones destinados ao georreferenciamento de imóveis rurais é recente no Brasil e foi validado em fevereiro deste ano pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), conforme explica o professor João Cortês. No estudo, os pesquisadores do IFG – Câmpus Goiânia decidiram analisar a aplicação de um drone no cultivo de soja, por se tratar de um manejo de ciclo rápido, cerca de 90 dias, se comparado à lavoura de milho ou de cana de açúcar, por exemplo, que demandam mais tempo de cultivo. Para tanto, os pesquisadores conseguiram obter uma parceria para realizar o estudo numa propriedade rural privada em Goianápolis (GO), próxima a Goiânia.

O uso de drones na agricultura beneficia o produtor rural ao conferir uma maior precisão, agilidade e eficácia no mapeamento das condições de cultivo do imóvel rural, conforme ressalta o professor João Cortês.“O produtor tem uma visão geral de sua produção, e o processamento dos dados obtidos nos voos dos drones é rápido, de no máximo duas horas. Muitas vezes, os drones não precisam ser aplicados na propriedade inteira, mas simplesmente em um determinado local, isso acaba minimizando o custo para o produtor. ”

Segundo os pesquisadores, a previsão é que o estudo seja concluído no mês de agosto, quando os resultados serão enviados para publicações em revistas científicas, congressos acadêmicos e disponibilizados para os produtores rurais e profissionais da extensão rural, de modo que os procedimentos estudados possam ser utilizados para o planejamento de áreas agrícolas da safra 2018/2019.

Fonte: Site IFG (https://goo.gl/CC8ntB).

Treinamento com o VANT eBee Plus

✈️✈️✈️✈️✈️
Hoje nossos alunos de iniciação científica puderam fazer um treinamento com o VANT eBee Plus ?✈️.

Em parceria com AmazTop Equipamentos Topográficos, seu representante, Rafael Couto junto com o Prof. Édipo Cremon conduziram as atividades!
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A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado

Rafael Couto explica como funciona a configuração do plano de vôo do Vant eBee Plus.

 

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, cão e atividades ao ar livre

Alunos de IC do GEO puderam ter contato com o Vant.

 

 

É notícia!!!

✈️✈️✈️✈️?️????️
O Prof. João Côrtes TV Brasil Central deu entrevista sobre a aquisição dos novos drones Echar 20C e Arator.
Pra conferir, só clicar no link: ???
https://www.youtube.com/watch?v=Fp6nS_4Ygao

Análise espacial de focos de queimada

Pra quem anda ?‍♂️?‍♂️?️?? por Goiânia e pelo estado de Goiás como um todo tem notado o grande número de queimadas. Dada essa situação, nossos professores de SIG (Sistemas de Informação Geográfica) fizeram uma rápida análise. Dados de satélites ?️?️?️? de focos de queimadas e incêndios ??? disponibilizados pelo INPE (http://www.inpe.br/queimadas) nos revelou que mais de 40 mil focos ocorreram em todo o estado de Goiás apenas entre 01 de Agosto e 09 de Setembro de 2017.

Uma análise espacial de distância mostra que boa parte destes focos ocorreram próximos às vias de trânsito (ruas, avenidas, estradas e rodovias) ?️?️?️ (dados do IBGE na escala 1:100 mil:ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bases_cartograficas_continuas/bc100/go_df). Tal análise parte do pressuposto de que quanto mais próximo esses focos estão de vias urbanizadas, maior seria a probabilidade de a queimada ter sido causado pelo homem.