18 de dezembro de 2024

A TEORIA

A teoria do Letramento Computacional foi desenvolvida pelo Professor Andrea DiSessa, membro da Academia Nacional de Educação. Sua pesquisa se concentra em conhecimento conceitual e experimental em física e princípios para projetar sistemas de computador flexíveis e compreensíveis. Ele é o diretor do Boxer Computer Environment Project. O Boxer é um sistema integrado que permite que não especialistas, incluindo professores e alunos, realizem uma ampla gama de tarefas, incluindo programação. Seu trabalho atual se concentra em ideias de alunos sobre “padrões de comportamento e controle“.

Foto do livro changing minds computers, learning, and literacyEscreveu os livros Changing Minds: Computers, Learning and Literacy (2000); Turtle Geometry: e The Computer as a Medium for Exploring Mathematics (com H. Abelson, 1981); e editou diversos outros. Além disso, escreveu vários artigos, incluindo “Toward an Epistemology of Physics”, em Cognition and Instruction (1993), e uma ampla gama os quais são citados por milhares de trabalhos ao redor do mundo.

Neste livro, Changing Minds: Computers, Learning and Literacy (2000), DiSessa desenvolveu a teoria do Letramento Computacional. Sendo constituída a partir da premissa de que o computador tem o poder de transformar a maneira como as pessoas aprendem, pensam e se comunicam. Este autor defende que o desenvolvimento do letramento computacional é essencial no contexto da sociedade moderna, assim como a alfabetização foi e é fundamental em nossa sociedade.

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A teoria do Letramento Computacional 33%

É essencial reconhecer que as ideias de DiSessa (2000) não apenas oferecem insights valiosos sobre os desafios contemporâneos no campo da educação e da tecnologia, mas também nos incentivam a repensar o papel desses recursos em nossa sociedade. Assim sendo, ao integrar esses recursos de forma eficaz em práticas educacionais, podemos potencializar oportunidades de aprendizagem e promover uma maior inclusão e diversidade cultural.

Assim, este autor observa que compreender o letramento abarca entender sobre pensamento, explorar como os recursos materiais podem aprimorar nossa capacidade de pensar e entender o significado social de uma cultura se tornar letrada. Desse modo, o letramento computacional na perspectiva de DiSessa (2000) é mais do que simplesmente saber como operar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICs) de forma eficaz, mas também compreender os princípios subjacentes e fundamentais que guiam o funcionamento dos sistemas computacionais. É sobre desenvolver uma compreensão crítica e profunda do universo computacional e ser capaz de aplicar esse conhecimento em uma variedade de contextos, assim, desenvolver o pensar crítico sobre como as TDICs afetam a sociedade e a vida cotidiana.

Segue então fundamentada nos pilares material, mental ou cognitivo e social.

Pilar material: Refere-se aos artefatos físicos e digitais utilizados no processo do letramento computacional, como computadores, dispositivos móveis, softwares, entre outros. Isso inclui compreender como os dispositivos funcionam, como usar diferentes aplicativos e ferramentas, e como interagir com eles de maneira eficaz.

Pilar mental ou cognitivo: Esse pilar foca nas capacidades mentais e cognitivas essenciais para o uso de tecnologias digitais. Envolve o pensamento computacional, que abrange competências como a decomposição de problemas, identificação de padrões, abstração e desenvolvimento de algoritmos. Essas habilidades são fundamentais para a resolução de problemas complexos com o auxílio da tecnologia.

Pilar social: Relaciona-se com o contexto social e cultural no qual o letramento computacional é inserido. Isso inclui compreender questões éticas, legais e sociais relacionadas ao uso da tecnologia, bem como ser capaz de colaborar e comunicar de forma eficaz em ambientes digitais.

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A teoria do Letramento Computacional 66%

Assim fundamentada a teoria, segue-se através dos elementos centrais: o conhecimento intuitivo e a estrutura de atividades e engajamento. Sendo o conhecimento intuitivo representado por um vasto conjunto de habilidades a se explorar, diante do desenvolvimento da compreensão básica e prática sobre conceitos computacionais. Enquanto que a estrutura de atividades e engajamento, é o foco principal do aprendizado comprometido em que há um relacionamento específico entre um aluno e um conjunto de atividades de aprendizagem, de modo que o envolvimento prolongado nessas atividades é percebido como uma extensão natural de nós mesmos.

Portanto, olhemos para o letramento computacional como um olhar sobre um conjunto de elementos materiais, cognitivos e sociais que geram novas formas de pensar e aprender, através da exploração de um conjunto de habilidades intuitivas e estruturas de atividades e engajamento.

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