Geografia

O processo de formação de nosso planeta e nosso sistema solar desperta automaticamente a pergunta da generalidade desses processos. Quão comum no universo são planetas rochosos como Terra, Vênus ou Marte? Ou estrelas como o Sol? Que propriedades geográficas, como rios, oceanos, cadeias de montanhas, vulcões, etc., são encontradas em outros planetas? Se não são encontradas, por que não?

É interessante também explorar como a biosfera é uma relação dual entre vida e matéria inanimada. Como a vida é capaz de alterar a composição química da biosfera? Por quais tipos de mudanças a Terra já passou? E o que sabemos sobre outros planetas? Será que poderíamos induzir transformações semelhantes em outros planetas?

Adiciona-se ainda o balanço energético planetário (que pode dialogar também com física) e a importância do Sol na dinâmica planetária, e a importância do campo magnético da Terra, que favorece a existência da Vida.

É comum escutar um discurso de colonização que afirma que a dinâmica demográfica exige explorar recursos naturais de outros planetas e a tentativa de contornar o alto custo (como feito na própria Terra) para explorar jazidas consideradas inviáveis no passado, tudo para sustentar os níveis atuais de consumo (argumento ‘válido’ dentro da perspectiva do Malthusianismo – https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/teoria-malthusiana.htm). A análise desse discurso dentro de uma perspectiva de limites da exploração espacial ou do que significa “explorar recursos” pode ser bastante rica. Nesse contexto pode-se incluir ainda discussões sobre pegada ecológica e outras métricas que tentam quantificar impactos ambientais.

No contexto dessas viagens de colonização para outros planetas, vale refletir sobre quem teria acesso a essas viagens. Como essas pessoas poderiam ser selecionadas? Poderia ocorrer uma segregação sócio-espacial interplanetária? Ocorreriam migrações no outro planeta? Pessoas sairiam da Terra para se mudarem para o outro planeta, onde as condições de vida poderiam ser melhores? Na Terra há uma dinâmica própria campo-cidade. Como seria a dinâmica Terra-planeta colonizado?

Há locais que são estratégicos para o lançamento de satélites e foguetes, existindo as intenções de economizar combustível, mas também podem ser ou são usados para pressionar outros países politicamente. Também podemos trazer discussões sobre satélites e lixo espacial que eventualmente cai em vilas. Quem é o responsável pelos danos causados? O que pode ser feito com o material? Numa discussão geopolítica vale analisar a importância de blocos econômicos na exploração espacial e discussões sobre a nova corrida espacial, protagonizada por países emergentes, e o conceito de soft power exemplificado pelos avanços na engenharia aeroespacial.

Finalmente, ao se discutir questões regionais pode-se com a turma investigar sobre a pesquisa científica feita na região. Há algum observatório astronômico? Existem grupos de pesquisa explorando o passado geológico da região? Se conhece alguma cratera de impacto nas proximidades?

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