Diversos aspectos da exploração espacial podem entrar como motivadores na Biotecnologia de Alimentos. Historicamente, algumas formas de processamento ou armazenamento foram desenvolvidas primeiro para as missões espaciais e só então entraram para o consumo popular. O sistema Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC (ou HACCP, na sigla em inglês), de acordo com a PGP Consultoria, “consiste numa abordagem sistematizada e estruturada de identificação de perigos e da probabilidade da sua ocorrência em todas as etapas da produção, através da definição de medidas de controle”. Essa abordagem surge nos Estados Unidos na década de 60, justamente como uma demanda da NASA para preparo dos alimentos que seriam enviados nas missões espaciais.
Agora vislumbramos missões mais longas. Enquanto a missão Apollo 11 que levou o homem a pisar na Lua durou um total de 8 dias, uma missão para Marte atualmente está prevista em algo como 1 ano e meio. Que novas tecnologias alimentares seriam necessárias?
Além disso, alguns processos de esterilização ou armazenamento poderiam aproveitar as condições naturais de ambientes extraterrestres? Por exemplo, as temperaturas baixas, vácuo e radiação no exterior das naves espaciais poderiam servir como local de armazenamento? E no caso de uma futura colônia em Marte, poderíamos utilizar o ambiente marciano para processos de armazenamento de alimentos?
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